Djavan - Rua Dos Amores
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Características do produto
Características principais
Nome do álbum | RUA DOS AMORES |
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Companhia produtora | Sony Music |
Formato | Físico |
Tipo de álbum | CD |
Incluí faixas adicionais | Não |
Ano de lançamento | 2012 |
Outras características
Quantidade de canções | 13 |
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Origem | Brasil |
Gênero | MPB |
Descrição
Djavan repisa as esquinas por que passou na safra de ‘Rua dos Amores’
Por Mauro Ferreira, do Blog Notas Musicais
Todas as esquinas por que Djavan passa desde os anos 70 – década em que o Brasil conheceu a voz, o violão e a música do cantor e compositor alagoano – convergem nas 13 faixas de Rua dos Amores, 21º álbum do artista para o mercado brasileiro, posto nas lojas neste mês de setembro de 2012 em edição da Luanda Records distribuída pela Universal Music.
Mesmo que incorpore sutis novidades à obra, como o formato de "Ares Sutis", o segundo tema do já vasto cancioneiro de Djavan escrito sob ótica feminina (o primeiro foi "Tenha Calma", composto em 1989 para Maria Bethânia), Rua dos Amores reforça uma das assinaturas autorais mais pessoais e intransferíveis da música brasileira. Por mais que os caminhos melódicos trilhados pelo compositor em temas como "Quinze Anos" sejam menos convidativos, o disco reposiciona Djavan em sua rota habitual com esmero após atípico projeto de intérprete, Ária (2010), de contornos heterodoxos. Inteiramente produzido e arranjado pelo artista, Rua dos Amores apresenta 13 músicas feitas solitariamente pelo compositor. Somente uma não é inédita.
Trata-se de "Vive", composta em 2011 para Maria Bethânia e rebobinada pelo autor em registro nem tão distinto assim da abordagem da cantora, já que Djavan orquestrou com seu violão a gravação da intérprete. De toque singular, esse violão conduz a supra-citada "Ares Sutis" e harmoniza "Pode Esquecer", faixa que destoa do painel romântico das letras de Rua do Amores por ter versos que tomam o partido do otimismo ao imaginar para o Brasil um futuro político pautado pela ética.
Ritmo dominante no álbum inaugural do artista (A Voz, o Violão, a Música de Djavan, Som Livre, 1976), o samba é apresentado sob duas faces em Rua dos Amores. "Se Acerto de Contas" é o samba mais popular, à moda das incursões do compositor pelo gênero nos anos 70, Reverberou mostra que a revolução estética da Bossa Nova também ecoa na obra autoral de Djavan.
Com maior ou menor inspiração, o artista reitera cânones dessa obra ao djavanear o jazz das Alagoas em "Quase Perdida", ao arquitetar a batida funkeada de "Pecado" – música que se conecta à produção mais pop do autor, apresentada ao longo dos anos 80 e retomada no álbum Bicho Solto – o XIII (Sony Music, 1998) – e ao turbinar temas como "Já Não Somos Dois" e "Triste É o Cara" com o suingue típico de seu cancioneiro.
De tristeza realçada pelos sopros de Marcelo Martins e Jessé Sadoc (único músico da banda do disco que toca pela primeira vez com Djavan), a desiludida balada "Bangalô" destila melancolia em tom bluesy enquanto "Anjo de Vitrô" transita ao fim por passagens jazzísticas. Rua dos Amores culmina com o lirismo interiorizado da faixa-título, destino (até certo ponto) novo na coerente caminhada do compositor, sinalizando que vale a pena repisar as esquinas de Djavan.
Faixas
Já Não Somos Dois
Anjo de Vitrô
Triste É O Cara
Acerto De Contas
Bangalô
Pecado
Ares Sutis
Quinze Anos
Vive
Pode Esquecer
Reverberou
Quase Perdida
Rua Dos Amores