Em Suspensão
em 12x
Estoque disponível
+10mil vendas
- Você tem 30 dias a partir da data de recebimento.
Compra GarantidaVai abrir em uma nova janela, receba o produto que está esperando ou devolvemos o dinheiro.
Loja oficial no Mercado Livre
+10mil Vendas
Devolução grátis
Você tem 30 dias a partir do recebimento do produto para devolvê-lo, não importa o motivo!
Meios de pagamento
Até 12x sem cartão de crédito
Cartões de crédito
Pague em até 12x!
Cartões de débito
Pix
Boleto bancário
Descrição
Qual futuro?
No romance de Eduardo Ferraz Felippe, o futuro é apenas um retrato na parede, e como dói.
Cartas e poemas, imagens, diálogos incessantes, certa sensação de asfixia: o presente é simultaneamente amorfo e ativo amorfo porque empar edado, ativo porque movido pela leitura e pela escrita.
Entre Rio, São Paulo e Berlim, os protagonistas — Edu, Emanuel, Mariana, Thiago, além do Dalai Lama e dos revividos Kafka, Guimarães Rosa, Tarkovsky, Bergman, Lispector e Benjamin — trocam i mpressões de uma realidade excessivamente humana, mesmo que suas próprias imagens, versões inexatas de si, se desfaçam na realidade intangível, em meio à dificuldade de enxergar(-se), de interpretar o mundo — mundo que cada vez mais se fecha, desiste de se oferecer aos olhos e à (ir)razão que nos preside.
Os meses arrastam-se numa pandemia improvável, num governo inaceitável. Os livros consolam e sugerem analogias ficcionais para a vida que (não) é vivida, os narradores seguem perplexos. Qual passado?
Nos retratos, as fotos desgastam-se mais e mais, os afetos distantes ressurgem, mas não se completam. Os sonhos desfazem-se logo cedo, mas continuam impressos na memória. O exílio ocorre dentro e fora de cada personagem, de cada vo z, de cada corpo enclausurado. As ausências não se redimem, e parcialmente, são transmutadas em palavras. Nenhum pertencimento: apenas desamparo.
Qual presente?
Há horror e há poesia no parco cotidiano, entre paredes e fantasmas, entre língua s e citações esparsas que ajudam a prosseguir. Cada dia ressoa eterno e carece de continuação, pois o amanhã não coincide com o futuro.
Borges — outro destinatário das cartas de Edu — escreveu: “O hoje fugaz é tênue e é eterno não haverá outro C éu nem outro Inferno”.
Ficamos em suspensão.
–
Perguntas e respostas
Qual informação você precisa?
Pergunte para Inovação Distribuidora
Não fizeram nenhuma pergunta ainda. Faça a primeira!