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É provável que o termo "agitador cultural" tenha sido usado pela primeira vez no Brasil na década de 60. Roberto Freire começou a agitar social e culturalmente, não só a sua própria vida, mas todo o seu entorno, também por essa época, contudo, talvez nunca tenha se atentado a toda a sua agitação, que não se conformava com atos isolados ou silenciosos, ao contrário, como podemos ver em sua trajetória, sempre correu riscos, perdeu empregos e amigos, desprezou caminhos fáceis, gritou, brigou, rompeu grandes e importantes relacionamentos. Levou ao extremo seus ideais, seguindo o modelo que ele tanto admirava dos velhos anarquistas do começo do século passado. Talvez fosse mais apropriado chamá-lo de "anarquista cultural", não só por suas posições políticas, que o arrastaram a doze prisões e diversas sessões de tortura que lhe custaram, inclusive, o descolamento da retina, mas também por toda a sua amálgama-verve artística que o levaram a transitar pela literatura, o teatro, a música, o cinema, e a televisão.

Há também o Roberto médico, pesquisador, o psiquiatra, criador da Somaterapia, uma terapia corporal em grupo, baseada na teoria de Wilhelm Reich, discípulo dissidente de Freud, e no anarquismo. Este Roberto buscou entender o conflito neurótico - que gera conflitos e dependências - a partir das relações de poder presentes em vários níveis da sociedade. Assim, o anarquismo, com ética filosófica, permeou a metodologia da Soma, permitindo a identificação do autoritarismo nas relações interpessoais. Além da teoria reichiana, a Somaterapia também incorporou o aqui e agora da Gestalt-terapia, e as descobertas sobre a pragmática da comunicação humana presente nos estudos da Antipsiquiatria, especialmente o conceito de Duplo-Vínculo e sua implicação nas relações afetivas.

São tantos Robertos numa só figura, que um só autor não daria conta desta biografia, por isso a opção por reconstruir, coletivamente ? assim como o Bigode gostava ? sua história, por meio de memórias, pesquisas, depoimentos, entrevistas e registros impressos do próprio biografado, na busca por tentar compreender como uma figura tão importante para cultura brasileira, conseguiu ao mesmo tempo, alcançar tantos seguidores, amigos e discípulos, e se tornar persona não grata para tantos outros, ainda que tenha o respeito da maioria dos seus desafetos.

O título deste livro também é algo mais do que apropriado, afinal, Roberto Freire, pensou, usou e viveu a palavra "Tesão" de maneira revolucionária, ressignificando-a em diversos sentidos, um militante do tesão como defesa de um modo de vida e a necessidade, sem concessões, do prazer como combustível vital, o tesão como uma espécie de bússola indicadora de nossa singularidade, a ideologia do prazer como arma revolucionária de combate ao sacrifício imposto pelas sociedades autoritárias e hierárquicas, ingredientes presentes em seus artigos e livros como, por exemplo: Utopia e Paixão", Sem Tesão Não Há Solução e Ame e dê Vexame, entre tantos outros.

Por tudo isso, Roberto Freire é alguém que faz muita falta nestes tempos atuais, por isso, este livro.

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