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Características do produto
Características principais
Título do livro | A descoberta do mundo (edição comemorativa) |
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Autor | Clarice Lispector |
Idioma | Português |
Editora do livro | EDITORA ROCCO |
Capa do livro | Mole |
Ano de publicação | 2020 |
Marca | Editora Rocco |
Outras características
Quantidade de páginas | 624 |
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Altura | 210 mm |
Largura | 140 mm |
Peso | 642 g |
Com páginas para colorir | Não |
Com realidade aumentada | Não |
Gênero do livro | Coleções literárias |
Subgêneros do livro | Literatura estrangeira |
Tipo de narração | Manual |
Idade mínima recomendada | 18 anos |
Idade máxima recomendada | 99 anos |
ISBN | 9786555320299 |
Descrição
"As crônicas de Clarice Lispector publicadas no Jornal do Brasil de 1967 a 1973 nos permitem compreender melhor a escritura desta que se consagrou como uma das maiores escritoras do Brasil. Se nos contos e romances o mistério de uma narrativa envolve o leitor num processo quase que iniciático, nas crônicas esse mistério vai aos poucos sendo desvendado, revelando o mundo pessoal e subjetivo da autora enigmática que viveu no Leme, próximo às areias e ao mar de Copacabana, que tanto apreciava. Ao aceitar o convite do JB para escrever uma coluna aos sábados, Clarice Lispector sente a estranheza entre ser escritora e jornalista: “Na literatura de livros permaneço anônima e discreta. Nesta coluna, estou de algum modo me dando a conhecer”, comenta na crônica de 21 de setembro de 1968. Gênero leve, ameno, de leitura mais fácil, a crônica traz quase sempre a interpretaço de um fato conhecido por todos, investido pela subjetividade de quem comenta o assunto, dando um sabor novo ao acontecido. Com a sua despretenso, a crônica quebra o monumental, o extraordinário, celebrando o cotidiano, o dia a dia e mostra belezas insuspeitáveis através da argúcia, da graça, do humor de quem a escreve. A informalidade investe de leveza uma linguagem cuja densidade busca revelar o segredo das coisas mais simples, o cotidiano transfigurado pelo olhar de Clarice, que redescobre nas Macabéas de todo dia a luminosidade de uma presença estelar. Entre flanelas e vassouras, mulheres simples e humildes se transformam em personagens que se eternizam. Aninha, Jandira, Ivone ou Aparecida so algumas dessas estrelas que saem de suas vidas apagadas para serem reveladas pelo olhar atento e sensível, onde escapa, por vezes, um leve e sorrateiro toque de humor, como no caso da empregada que fazia análise, ou da “mineira calada”, que gostava de ler livros complicados."