Lp Caetano Veloso - Circuladô Vivo (1992)

Descrição

Edição nacional, 1992
Philips – 510 459-1
Capa muito boa, leve marca de disco, sem rasgos e rasuras, lombada queimada de sol, desgastada. (VG de respeito)
Disco muito bom, levíssimas marcas superficiais que não interferem, mínimo chiado no começo de a2 por conta de uma mancha, ótima prensagem. (VG+)
Com encarte. -MAMBORAMA discos.

Aos 50 anos de idade - exatos 25 depois de instaurar o programático tropicalismo ao lado de Gilberto Gil , o compositor se permite "ser auto-comemorativo". O repertório escava fundo na busca das origens dessa musicalidade transformadora.
Encadeia no roteiro do disco do show, o hit Black or white, de Michael Jackson - em versão malemolente pontuada ao violão - com o rap Americanos, cujo texto longo o obriga a sacar um óculos de leitura. "Para os americanos, branco é branco, preto é preto e a mulata não é a tal", atira o texto costurado por Jaques Morelembaum (cello), Dadi (baixo), Luis Brasil (guitarra), Marcelo Costa (bateria), Marcos Amma e Wellington Soares (percussão).
Em relação ao disco de carreira, Circuladô, lançado no fim de 1991, o duplo ao vivo acrescenta releituras: desde um Caetano de outras épocas, como em “Os mais doces bárbaros” (do show com Gil, Gal e Bethânia), até o épico “Um índio” e o odara “O leãozinho”. Quando fala da prisão durante o regime militar, o compositor lembra a visita que lhe fez o rei Roberto Carlos no exilio em Londres: "Ele cantou uma música recém-composta, As curvas da Estrada de Santos, e eu chorei sem parar. Na volta ao Brasil, fez em minha homenagem Debaixo dos caracóis dos seus cabelos." Essa última íntegra a auto comemoração, numa mistura de história e deleite.
"A impressão que eu tenho é que todo mundo pode entender tudo", democratiza este clássico popular Caetano Velosó
Adaptado do original por Tarik de Souza, Jornal do Brasil 27/11/92

Concepção da capa por Arthur Fróes (coordenação gráfica), Helio Eichbauer (ilustracão); Fotos da capa dupla por Livio Campos.