Rocco
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Características do produto
Características principais
Autor | Claudia Nina |
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Idioma | Português |
Editora do livro | Editora Rocco |
Capa do livro | Mole |
Marca | Editora Rocco |
Outros
Quantidade de páginas | 160 |
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Gênero do livro | Literatura e ficção |
Subgêneros do livro | Ficção |
Tipo de narração | Manual |
Descrição
Final dos anos 1990. Uma brasileira de 25 anos decide colocar a mochila nas costas e se aventurar em uma cidade do exterior; escolhe Amsterd, na Holanda. Tudo o que tem é a matrícula num curso selecionado ao acaso e uma quantia irrisória de dinheiro. O que encontra é um país sem montanhas, oprimido pelo monótono céu baixo e pelo frio atordoante. Um lugar que espera apenas respostas binárias – “sim” ou “no” –, onde as refeições se revezam entre sopa de ervilha e sanduíche de arenque, e onde a viajante se torna cada vez mais invisível. Uma terra na qual cartografia e memória se unem para compor uma armadilha poderosa, criando uma história que se reinventa a cada parágrafo. Paisagem de porcelana, o aguardado segundo romance de Claudia Nina, é um road book às avessas. O ímpeto da aventura, em vez de atiçar a viagem por estradas e paisagens exóticas, desencadeia um perturbador processo de introspecço e imobilidade. A trajetória da jovem protagonista, narrada em primeira pessoa, descreve de forma lírica e delicada uma investida na névoa: a história de terror e solido cujos contornos a memória – ou será a loucura? – tratou de embaralhar. Exercendo o estilo original que já havia demonstrado em Esquecer-te de mim, no limiar da prosa poética, Claudia Nina descreve o momento-limite, a crise absoluta, o esfacelamento. O ponto em que a vertigem da perda amorosa e da solido se converte mesmo em degradaço física – a consciência do corpo desgarrando-se de si. Encurralada pela paisagem de estranhas amplidões, a jovem viajante – cujo nome só será revelado a certa altura do romance – mantém seu tênue contato com o mundo por meio de apenas três pessoas. Yasuko é a vizinha japonesa de quem se torna cúmplice cotidiana, mas de quem se perde por completo. Peter é o professor afetuoso, porém distante na geografia. Ernest, filho de paquistaneses, é o namorado, mas também a personificaço da tragédia: é ele que encarna, pouco a pouco, os olhos de fera do javali. É ele que a ameaça e a leva mais para perto do abismo. É ele que, pouco a pouco, enlouquece. Ou será que é a protagonista-viajante quem vai, dia a dia, enlouquecendo? Tudo é movediço em Paisagem de porcelana. No frágil – instável, isso sim. Transtornado pelas reviravoltas e desmentidos de uma narrativa que parece emergir como fluxo, em que “os episódios vêm em golfadas” e a narradora assume, já nas primeiras linhas, que “a memória no tem detector de mentiras”. Tudo é inconstante, exceto aquela tarde de janeiro na estaço de Amsterd, em 1998, começo e fim de uma viagem perturbadora pelos labirintos da angústia e do medo.
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