Os Ciganos Ainda Estão Na Estrada
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Características principais
Título do livro | Os ciganos ainda estão na estrada |
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Autor | CRISTINA DA COSTA PEREIRA |
Idioma | Português |
Editora do livro | EDITORA ROCCO |
Capa do livro | Mole |
Ano de publicação | 2012 |
Marca | EDITORA ROCCO |
Outras características
Quantidade de páginas: 176
Altura: 210 mm
Largura: 140 mm
Peso: 200 g
Gênero do livro: Autoajuda
Tipo de narração: Manual
ISBN: 9788532524249
Descrição
Hostilizados durante milênios e até hoje temidos por outras etnias, os ciganos se espalharam pelo mundo sem registros próprios sobre sua história e cultura. Não há nenhum censo oficial, mas alguns cálculos apontam 17 milhões em todo o mundo, 1,5 milhão na América Latina, cerca de 500 mil espalhados pelo território brasileiro. Procurando esclarecer alguns dos mitos criados em torno desses nômades, que ainda cultivam a tradição oral e procuram manter a unidade familiar, casando-se entre si, mesmo quando optam por viver sem grandes deslocamentos, a escritora Cristina da Costa Pereira traça as origens da etnia e mostra aspectos de seu cotidiano na atualidade em Os ciganos ainda estão na estrada, seu mais recente livro sobre o tema.
Cristina é uma especialista na etnia e uma das raras pessoas a se debruçar sobre o assunto, tendo publicado, em 1985, o ensaio Povo cigano. Consultora do dramaturgo Aguinaldo Silva para a novela Pedra sobre pedra, que trazia personagens ciganos, ela ficou conhecida por suas pesquisas a respeito dos costumes deste grupo étnico, sempre com o cuidado de desmistificar lendas que acompanham o desconhecimento sobre os povos nômades. A reunião desses estudos está em Os ciganos ainda estão na estrada, que busca a origem desse povo do norte da Índia que optou pela dispersão por recusar-se a aceitar o sistema de castas.
Depois de deixarem a Índia, provavelmente entre os anos 800 e 1000, os ciganos se espalham pela Europa, onde são perseguidos pela Inquisição. Muitos se tornam artistas de circo, atividade que mantêm até os dias atuais, enquanto contribuem para a cultura ocidental com a absorção de seu ritmo na música desenvolvida na península ibérica. A ascensão do nazismo aumenta a perseguição aos ciganos, que são enviados para guetos por toda a Europa. Estima-se que 500 mil ciganos tenham morrido durante a Segunda Guerra Mundial.
Apesar da quiromancia e da cartomancia serem as faces mais visíveis da cultura cigana na sociedade atual, Cristina questiona ainda os motivos que fizeram a presença desse povo ser cada vez mais rara nos grandes centros urbanos. No Rio de Janeiro, dos anos 1980 até meados de 1990, a Praça XV e a Quinta da Boa Vista eram pontos importantes do exercício da atividade adivinhatória, bem como a Praça Saens Pena e o Largo do Machado. Em São Paulo, eles ocupavam a Praça da Sé e a Praça da República e, em Belo Horizonte, o Parque Municipal. Hoje, a maioria deles parece ter sido absorvida pela vida cotidiana.
A autora entrevistou muitos ciganos brasileiros, a maioria deles distante do nomadismo, mas ainda mantendo suas tradições, mesmo quando batizados. O livro traz depoimentos de artistas como a atriz Ana Rosa, que vem de uma família circense, Wagner Tiso, descendente de ciganos húngaros, e Orlando Orfei, empresário que tem um dos mais conhecidos circos brasileiros.
A contribuição artística dos ciganos é destacada no livro, que mostra, além da incorporação da música e dança flamengas pelo Ocidente, a presença cigana na literatura, com Carmen, de Prosper Merimée, e na poesia de Garcia Lorca. Outro aspecto que Cristina Pereira ressalta é o misticismo dos ciganos, praticantes da quiromancia e, atualmente, integrando seus conhecimentos a outras manifestações espirituais, como a umbanda.
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