Rocco
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Características do produto
Características principais
Autor | Guiomar de Grammont |
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Idioma | Português |
Editora do livro | Editora Rocco |
Capa do livro | Mole |
Marca | Editora Rocco |
Outros
Quantidade de páginas | 240 |
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Gênero do livro | Literatura e ficção |
Subgêneros do livro | Ficção |
Tipo de narração | Manual |
Descrição
“A memória encontra aquilo que busca.” A literatura é o espaço onde a sensibilidade é aliada da memória. Palavras cruzadas, novo romance de Guiomar de Grammont, é delicado e corajoso no só porque toca no delicado vazio da impossibilidade de registro da vida – e da morte – de muitos desaparecidos políticos da ditadura no Brasil. É ficço que, mais do que se espelhar na realidade, esbarra na sensibilidade de uma vida que precisou lidar com a perda de um familiar nesse período político. Com mistério, suspense, e revelações apresentadas progressivamente, o livro trata da angústia de uma família que jamais pôde enterrar um de seus filhos. Em uma leitura contemporânea do drama de Antígona, a jornalista Sofia busca o irmo, Leonardo, desaparecido na Guerrilha do Araguaia. Ela faz entrevistas e investigações e viaja a Cuba e ao local onde a guerrilha ocorreu, tentando preencher vazios para descobrir o que teria acontecido com o irmo. A narrativa fluida é tecida principalmente através dos relatos de desaparecidos políticos que Sofia vai tendo em mos. A personagem se confronta com a cruel realidade dos guerrilheiros e seu dia a dia de fome, lutas, medos, anseios, fuga e tortura. Memórias e fantasmas que a todo instante despertam a sombra de tudo o que o irmo pode ter vivido: “Parece um sonho agora, o mato cresce nas picadas abertas. As feridas tornaram-se cicatrizes, iro desaparecer. Como os nomes. Vo sendo esquecidos, pouco a pouco, com o que no queremos lembrar.” E a triste falta de resposta sobre um corpo desaparecido: “As árvores choram e morrem, mas seus corpos permanecem.” Palavras cruzadas oferece uma narrativa lúcida, histórica, baseada em documentos sobre a Guerrilha do Araguaia e também sensível, literária. Fascina a descriço do desafio da sobrevivência na floresta amazônica em condições limite, sem poder fazer fogo para cozinhar alimentos. É angustiante, mas também impossível no continuar seguindo, como Sofia, os relatos dos guerrilheiros e as próprias divagações da personagem, pois a vida parece ter parado após a morte do irmo, mas nunca para. Sofia e Guiomar alcançam o que suas memórias buscam. E o leitor tem mais um Brasil para desbravar: o da guerrilha rural, tema pouco abordado na literatura brasileira.
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