Noite Polar

Descrição

A atraço de Michelle Paver pelo fantástico já vem de longe. Em criança ela costumava ficar horas vendo as gravuras de um livro de história sobre a pré-história. Em Noite polar ela se vale do diário de um jovem pobre de Londres, um dos integrantes de uma excurso de riquinhos que se impõem o desafio de explorar as lonjuras do mar Ártico, para falar das desigualdades sociais, solidariedade e bravura. Na empreitada, usa de um estilo intimista, detalhista e delicado. Enquanto as descrições de Jack se sucedem, Michelle arma a sua trama para surpreender o leitor no final. É ficço, mas poderia ser verdade. “So oito da noite enquanto escrevo estas linhas, sentado à mesa com um uísque e três lampiões brilhantemente acesos. A qualquer um que olhasse da calçada, eu seria claramente visível. É claro que no há ninguém olhando. Mas no me agrada a sensaço.” A cena é descrita por Jack, o mais sensível do grupo. Enquanto os amigos esto preocupados com os detalhes operacionais da viagem, ele deixa que aquele universo estranho, de paisagens exóticas e muitas lendas, entre por todos os seus poros, todos os sentidos. Sua condiço social o faz observar mais, desconfiar mais e ler o que está à volta, com os olhos de quem se sente deslocado. É nesse sentir aguçado de Jack, que Michelle Paver pega carona para excursionar com o grupo e levar o leitor junto, nesta viagem.