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Rocco
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Descrição

Imaginem um pianista que, no auge de sua carreira, perdesse os dedos da mo, ou um jogador de basquete que perdesse os braços. Agora pense em uma grande executiva na área de comunicaço de uma grande empresa, responsável por uma verba altíssima, em milhões de dólares, perdendo o domínio da linguagem escrita e falada, como conseqüência de um acidente vascular cerebral, um AVC.
Este é o dramático relato de Marilene Lopes que, como Diretora de Comunicaço e Assuntos Corporativos de uma multinacional, acorda uma manh com o braço direito paralisado e com limitações na fala e no raciocínio. O problema é que esta competente executiva - que tinha alcançado um indiscutível sucesso profissional como resposta à educaço mineira de menina única em uma família com dois irmos e muitos tios homens, cujo futuro deveria ser, invariavelmente, o casamento e o lar -, no costumava pedir ajuda, nem sabia como pedir socorro.
Negando os sintomas e lutando contra as evidências, Marilene se veste como a executiva de sempre e sai para sua rotina profissional, sem querer admitir que a comunicaço – seu instrumento de trabalho – estava limitado a simples sons que ela descreve como "ahhh, ahhh, ahhh, ahhh". "A única coisa que posso dizer é que, a partir daquele momento, me senti a pessoa mais solitária do mundo. Eu no sabia o que tinha, mas imaginava, ou melhor dizendo, tinha certeza de que deveria ser algo muito grave".
O livro de Marilene Lopes tem dois objetivos claros. Primeiro, satisfazer a necessidade imperiosa de se comunicar, descrevendo, em estilo fluente e coloquial, a sua surpresa e a sua dor com a interrupço drástica da atividade de executiva que ela descreve como "toda-poderosa", "pilhada" ou na expresso "descascar abacaxi era comigo mesma", em aluso ao seu prazer de descobrir a oportunidade oculta em situações de crise. O segundo objetivo é a constataço, que ela também precisa comunicar aos leitores, de que o trabalho excessivo pode levar, se no necessariamente à morte física, mas a uma morte espiritual. Este tipo de morte que pode resultar na perda de identidade ( "a possibilidade de o nome da empresa virar meu sobrenome" ou "deixar de ser um ser humano para ser encarada apenas como uma funço"), como também na perda de outros prazeres simples do viver: a percepço dos ruídos, das formas e das cores do entorno ou a alegria de criar peças em cerâmica, que a autora descobriu depois da doença.
Além de devorar este relato, acompanhando a narrativa da autora que reaprendeu a viver depois de seu AVC, os leitores vo se comover com um profundo sentimento de gratido que ela demonstra por seus amigos, médicos, a fonoaudióloga, os professores e os colegas da faculdade que ela voltou a freqüentar. E, com isso, traz um alerta a todos – profissionais ou familiares – sobre a necessidade de aprendermos a usar o afeto e a sensibilidade para lidarmos com as pessoas que passam por essas duras experiências.

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